Ministério da Saúde não reconhece tratamento para cães com leishmaniose

"O Ministério da Saúde não tem uma política de tratamento de animais caninos portadores de leishmaniose. A política dele seria o sacrifício, não que a gente ache isso prazeroso, a gente acha isso extremamente chato, desgastante. Não é nossa vocação ficar matando animais, mas a gente atende as portarias do Ministério e uma delas preconiza que casos comprovadamente, depois de dois, três exames, a gente utiliza este recurso sanitário", afirma o secretário municipal de saúde Leandro Mazina.
Mesmo sem ter um remédio adequado no Brasil, os vínculos entre cães e tutores fazem com que eles busquem um tratamento. "No começo ele tinha alguma lesões, as unhas crescidas e lesões na ponta da orelha, são sintomas clássicos da doença. E depois que eu comecei o tratamento, em 15 dias eu já notei uma melhora significativa, estou continuando o tratamento e vejo que ele melhora. Ela não teve perda de apetite, não emagreceu e também não engordou", garante o jornalista Guilherme Cavalcante.
Para o tratamento médicos veterinários utilizam remédios voltados para animais com registro nos orgãos federais que não foram produzidos com essa finalidade e que possuem substâncias que barram o avanço da doença. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MS) ressalta que o profissional que opta pelo por realizar o tratamento não é considerado antiético.
"Nós entendemos que coexiste o tratamento, o tratamento é eficaz. Quando o animal tem dono e este dono quer tratar do seu animal, ele tem todo o direito, desde que este tratamento seja feito com o médico veterinário, de maneira responsável. Por que esse animal tratado tem que ter um acompanhamento do médico veterinário para o resto da vida dele", explica a presidente do CRMV-MS Sibele Cação.
Para uma família que tem uma pessoa infectada com a doença a eutanásia é a melhor opção de tratamento. "Você fica um pouco com raiva de um vizinho que tem um cachorro, por que não é todo mundo que está cuidando do seu animal de estimação. Então você acaba tendo que escolher entre uma vida humana ou a vida de um cachorro", afirma a tia de Pietro, um menino que foi infectado com apenas nove meses, Elizangêla Andrade Freitas.
Para o jornalista, Guilherme, o dono tem que assumir a responsabilidade de cuidar do seu animal e fazer todos os procedimentos pedidos pelo veterinário corretamente para que a doença não se prolifere.
"No meu caso, eu aceitei a responsabilidade do tratamento, sei que existem horários a serem cumpridos, existe uma alimentação especial que o cão tem que receber e tudo isso é uma questão de disciplina e responsabilidade. O tratamento tem que ser encarado por pessoas responsáveis e que procurem um veterinário especializado, que tenha competência para fazer este tipo de tratamento" concluiu.
Fonte: MS Record
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