Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Leishmaniose ou Calazar, como prevenir???

LEISHMANIOSE (Calazar) – parte I : COMO PREVENIR??? – por Diana Sousa

 
71

Leishmanioses representam um conjunto de enfermidades diferentes entre si, mais popularmente conhecidas como calazar, que podem comprometer pele, mucosas e vísceras, dependendo da espécie do parasito e da resposta imune do hospedeiro. São produzidas por diferentes espécies de protozoário pertencente ao gênero Leishmania, vivendo alternadamente em hospedeiros vertebrados (mamíferos), e insetos vetores (flebotomíneos). Entre os animais domésticos, os cães estão envolvidos na infecção humana da leishmaniose visceral, pois eles atuam como hospedeiros reservatórios do parasita, possibilitando a infecção do vetor.

A transmissão ocorre através da picada da fêmea do vetor (inseto) e a Leishmaniose visceral canina (LVC), é a doença considerada endêmica em nosso estado, com a prevalência da maioria dos casos na capital Teresina. Diante disso, torna-se de fundamental importância para os tutores de cães e gatos medidas preventivas que protejam seus animais dessa doença e evite a propagação da mesma.

A frase “é melhor prevenir do que remediar” combina e muito nesse caso, já que o calazar não tem cura, e sim apenas controle.

ENTÃO COMO PREVENIR???

As medidas preventivas devem abranger desde o ambiente onde reside a família a produtos que visem uma proteção direta contra o vetor. Os cuidados no ambiente são de suma importância, levando em consideração que se trata de uma doença transmitida por um inseto, deve-se evitar condições que sejam propícios a sua proliferação. O vetor é mais conhecido como “mosquito-palha” e vive em habitats variados, porém as formas imaturas se desenvolvem em ambientes terrestres úmidos, ricos em matérias orgânicas e de baixa densidade luminosa, por isso a primeira medida de controle deve ser evitar acúmulo de folhagens embaixo de plantas frutíferas de grande porte como o famoso “pé de manga”, onde matéria orgânica pode se acumular no chão como entre os galhos de grosso calibre.

Outra medida é evitar jogar lixo em terrenos baldios e solicitar as autoridades competentes a limpeza desses terrenos caso esteja havendo acúmulo de lixo ou vegetação. Em casa, pode-se fazer uso de telas nas janelas e portas para evitar a entrada do mosquito dentro de casa.

Em relação aos nossos melhores amigos, atualmente o mercado veterinário possui várias opções de produtos com efeito inseticida e repelente, que visam proteger o animal da picada do vetor, que vão desde as bisnagas pour on a Vectra 3D, a coleiras a base de deltametrina 1%, que são as mais utilizadas e difundidas no mundo inteiro, como a coleira Scalibor, recomendada pela organização mundial de saúde. Para os felinos o único produto indicado para os gatos é a coleira Seresto. É importante ressaltar que os gatos também podem ter calazar, mais isso vamos abordar no próximo artigo.

E, por fim, a vacina, que no momento somente é destinada aos cães, e visa estimular o organismo a produzir uma proteção eficiente para que quando o mesmo entre em contato com o parasita causador da doença, consiga elimina-lo do organismo. É um método eficiente, no qual vários trabalhos a nível internacional já demostraram eficiência acima de 80%, ou seja, um animal devidamente vacinado possui mínimas probabilidades de se infectar se comparado claro com um animal não vacinado.

Resumindo, a minha dica é: vacine, use coleira no seu bichinho e fique de olho no seu ambiente, vivemos em área endêmica, onde todo cuidado é POUCO.

Diana Sousa Alcântara

Médica Veterinária; Pós-graduação em Dermatologia, Veterinária – Equalis; Mestranda em Ciência Animal – UFPI; Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária; Responsável pelo setor de dermatologia veterinária da clínica Pet Vitalle.

Nenhum comentário:

Postar um comentário