Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


VOLTA REDONDA
Leishmaniose preocupa no Eucaliptal
Publicado em 24/9/2012, às 18h1
 

Joseane Ramos
joseane.ramos@diariodovale.com.br
Volta Redonda
Moradores do bairro Eucaliptal reclamam do abandono de uma área conhecida como Grota, na Rua Espírito Santo - que, segundo eles, nunca recebeu limpeza apropriada. Ainda de acordo com a população, as manilhas de esgoto já estouraram e há foco de dengue, além de existir animais peçonhentos no local.
A moradora Camila Gonçalves Fernandes disse que foi feita uma análise no local e constatada a existência de insetos que causam leishmaniose - doença causada por protozoários do gênero Leishmania, os quais se espalham através da picada do mosquito palha (ou birigui).
- Os funcionários do Centro de Controle de Zoonoses vieram aqui, colocaram armadilhas e chegaram à conclusão de que há mosquitos que causas leishmaniose, porém não limparam o lugar e nem voltaram para trazer o resultado do sangue que colheram da minha cachorra, dizendo se ela está infectada ou não pela doença - explicou.
Camila afirmou ainda que os próprios moradores do bairro fazem a limpeza da área.
- A prefeitura disse que se trata de área florestal, e que por isso não pode derrubar as árvores. Nós, moradores, é que temos que limpar o lugar, porque ninguém mais faz isso - disse.
O morador Luís Roberto Santos afirmou que, além do inseto palha, existe muitos pernilongos no local, mesmo com a passagem do carro fumacê.
- Os pernilongos invadem nossas casas, e a gente não quer ter dor de cabeça com isso. O carro fumacê até passa por aqui, mas não chega lá em baixo, por isso é preciso limpeza urgente - explicou.
A também moradora Tânia Maria de Castro, que teve que entregar seu animal a Zoonoses ontem por estar infectado com a doença, afirmou que a solicitação dos moradores é que a prefeitura e os órgãos responsáveis tratem do local.
- A partir do momento que o animal realmente está doente não podemos correr riscos, e temos que entregá-lo; mas não adianta só matar o cachorro, tem que cuidar do lugar que está contaminado - acredita.
Resposta do CCZ
Segundo informações do coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Rogério José da Silva, após o recolhimento de amostras de sangue de 200 animais no bairro - com a autorização dos proprietários - e um primeiro exame de triagem, 34 animais apresentaram resultado positivo para a leishmaniose. Estas 34 amostras foram enviadas para exame confirmatório no Laboratório Oficial da Secretaria Estadual de Saúde, onde 19 casos foram confirmados. Destes, 12 cães passaram por eutanásia e um morreu naturalmente por causa da doença.
Em relação ao procedimento de eutanásia, o coordenador do CCZ explicou que, após a confirmação laboratorial da leishmaniose, o animal é sedado ainda na residência do proprietário, e então é levado para o Centro. O proprietário e os familiares são convidados para acompanhar todo o procedimento, sendo respeitado o momento de despedida com os animais.
Logo após, o cachorro recebe uma anestesia e é aplicado em seguida o medicamento para a eutanásia. Todo o procedimento é realizado por médicos veterinários, dentro das normas legais vigentes determinadas pelas portarias do Conselho Federal de Medicina Veterinária. 
Esta etapa faz parte do Plano de Ação de Combate à Leishmaniose, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde por meio do CCZ. O objetivo é evitar o contágio de seres humanos pela leishmaniose visceral.
Em relação à limpeza do local, a prefeitura informou que o serviço público já colocou em sua programação a limpeza urgente do local.

Nenhum comentário:

Postar um comentário